A SECIL Marítima anunciou o reajuste nas tarifas de transporte marítimo para as rotas Cabinda-Soyo e Luanda-Cabinda. A medida, que entrou em vigor em 1º de novembro de 2024, elevou os preços das passagens para 22 mil kz e 40 mil kz, respectivamente, gerando insatisfação entre passageiros e preocupações quanto ao impacto na economia local.
Com o aumento das tarifas, passageiros como Paulo Joaquim Sanje expressam preocupação com a escalada dos preços de transporte e o impacto no custo de vida, especialmente para aqueles que residem nas áreas rurais e dependem de pensões ou pequenos rendimentos. “O custo da vida está muito elevado, e o aumento das passagens afeta diretamente o nosso dia a dia, principalmente para os idosos e vulneráveis”, declarou Sanje, ressaltando a dificuldade que muitas famílias enfrentam para suprir as despesas diárias.
Domingo Tati, outro passageiro, compartilhou sua insatisfação ao se deparar com a nova tarifa no momento de emissão do bilhete. “Fui surpreendido com o aumento, e me sinto desanimado com a constante elevação dos preços”, comentou.
O economista Estevão Mango destacou as repercussões econômicas desse reajuste. Segundo ele, o aumento das passagens pode desencadear uma alta nos preços dos produtos da cesta básica, já que comerciantes que utilizam o transporte marítimo terão custos adicionais. Além disso, Mango aponta que a mobilidade da população pode ser afetada, uma vez que o transporte marítimo é essencial para a conexão entre Cabinda, Soyo e Luanda. “Sem alternativas mais econômicas, a elevação dos preços acaba por restringir o acesso a bens e serviços e pode afetar o turismo local”, completou o economista.
Diante dos novos preços e da ausência de opções de transporte alternativas, muitos passageiros e especialistas apelam para que o governo e as autoridades competentes busquem soluções que possam mitigar o impacto econômico e melhorar a acessibilidade ao transporte marítimo.
Vale lembrar que tentamos obter mais esclarecimentos sobre a situação com a SECIL Marítima, mas não obtivemos sucesso.
Imagens de: Paulino Futi;
Reportagem de: Edgar Quimino e de Gabriel Mbosso;
Edição de Sebastião Binda.